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25/09/13 às 20h35 - Atualizado em 29/10/18 às 12h40

Segurança pública traça perfil do crime de violência contra a mulher

Quase sempre cometido no seio familiar, crime precisa ser denunciado para ser combatido pela polícia

Estudo da Secretaria de Estado de Segurança Pública aponta que ocorreram 10.095 casos de violência doméstica contra a mulher entre janeiro e agosto deste ano, número superior as 9.435 ocorrências registradas no mesmo período do ano passado – a análise destaca que o número de registros aumenta quando as vítimas resolvem denunciar os crimes, que na maioria dos casos ocorre no seio familiar.

“O crescimento do número de registros, no momento em que a Lei Maria da Penha, completa sete anos, não é motivo de comemoração, no entanto, os dados apontam que um número cada vez maior de vítimas têm a coragem denunciam seus agressores e confiam nas polícias para ajudá-las a romper o ciclo de violência ”, afirma o Secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar .

As Regiões Administrativas (RAs) com maior número de casos são: Ceilândia com 16,1% (1629 registros), Planaltina com 8,6% (873), Gama 6,8% (685), Samambaia 6,5% (658), Taguatinga 6,4% (644), e Brasília 5,6% (566). Juntas essas RAs respondem por 50% das ocorrências. .

De acordo com o relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre Violência contra a Mulher, entregue no mês passado para a Presidente da República Dilma Roussef, a Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher (DEAM) do DF foi considerada a melhor em todo Brasil por sua excelente estrutura física e equipe.

O relatório,fruto de 18 meses de trabalho do Congresso Nacional, elogiou também a distribuição de kits emergenciais a mulheres em situação de violência sexual nas delegacias do DF.

A Polícia Civil do Distrito Federal conta ainda com seções de atendimento exclusivo às mulheres em todas as delegacias circunscricionais. “Não tenho notícias desse atendimento exclusivo em todas as delegacias noutros estados brasileiros”, comenta a delegado–chefe da DEAM, Ana Cristina Santiago.

A análise da secretaria de segurança demonstrou que as faixas horárias com maior percentual de casos são: das 18h às 20h59, com 21,4% (2160 casos) de incidência e das 21h às 23h59 com 20,3% (2049 casos).

O final de semana também concentra casos de agressão contra as mulheres 12,5% (1262 casos) deles ocorrem às sextas-feiras, 17,6% (1777 casos) aos sábados e 21,8% (2201 casos) aos domingos. Fatores como consumo de maior de álcool e drogas nesse periódo influenciam os números.

As ameaças representam 62,8% dos registros (6340 casos), as injúrias 52,2% (5270 casos) e lesões corporais correspondem a 31,5% (3180 casos). Crimes graves como homicídio doloso tentado e consumado apresentam baixos índices abaixo de 1%.Atendimento às vítimas- As vítimas de violência doméstica devem acionar o canal exclusivo do GDF, A Central Telefônica de Atendimento às Mulheres, número 156, opção 6.

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