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13/03/15 às 23h43 - Atualizado em 29/10/18 às 12h40

Estudo vai propor ações para mulheres que trabalham na segurança pública

A Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social (SSPPS) fará um diagnóstico da situação de trabalho das mulheres dentro das corporações. O levantamento foi anunciado durante o I Workshop Mulheres da Segurança Pública, realizado nesta sexta-feira, 13. Idealizado pela SSPPS em conjunto com a Secretaria de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (SEMIDH), o encontro reuniu servidoras das quatro forças de segurança do DF em comemoração do Mês da Mulher. Leia mais aqui.

O diagnóstico será realizado a partir de informações levantadas por cada uma das corporações em rodas de conversa com as servidoras. “O levantamento nos permitirá desenvolver mecanismos institucionais que possam melhorar as condições de trabalho dessas profissionais’’, explicou a subsecretária de Ensino e Valorização Profissional da SSPPS, Scheilla Andrade. A qualificação de profissionais e condições adequadas de trabalho são um dos eixos do programa Pacto pela Vida. Leia mais aqui. 

Estudo realizado em 2011 com 6,5 mil servidoras das polícias militar, civil, científica (perícia criminal) e corpo de bombeiros de todo o país revelou os principais desafios enfrentados pelas mulheres dentro dos órgãos de segurança pública: assédio moral e sexual; inexistência de políticas institucionais de gênero que estimulem as denúncias; clara percepção de privilégio masculino; temor de pedir licenças e afastamentos e sofrerem transferências ou perdas de cargos; ausência de adaptação ergonômica dos equipamentos de trabalho para o corpo feminino; e falta ou baixo número de alojamentos e banheiros adequados.

Os dados, que constam da pesquisa intitulada “Mulheres na Segurança Pública”, realizada em 2011, foram apresentados e discutidos durante o workshop pelo coordenador do projeto Qualidade de Vida dos Profissionais de Segurança Pública na Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Davi Romão. O estudo traça ainda um panorama de invisibilidade dessas profissionais no âmbito das pesquisas, carência de dados e de bibliografia.

De acordo com os números do estudo, as profissionais ingressam na carreira predominantemente jovens: entre 25 e 29 anos. Do total, 61,1% possuem curso superior e a maioria exerce funções administrativas.

Ações
O titular da Segurança Pública no DF, Arthur Trindade, descreveu importantes conquistas no atendimento às mulheres vítimas de violência, como a criação das delegacias especializadas e o pioneirismo do DF nas questões de gênero, dentre elas o recente lançamento do Escritório de Gênero da Polícia Militar. Leia mais aqui. “Agora é o momento de voltarmos o olhar para as questões de gênero dentro das nossas instituições”, concluiu, ao lado do diretor-geral da Polícia Civil, Eric Seba, do subcomantande-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Alexandre Costa, da comandante-geral do Escritório de Gênero da Polícia Militar, Coronel Denise Dantas e da diretora de Administração-Geral do Detran-DF, Kleybe Alves da Silva.

A secretária-adjunta de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Cleide Lemos, chamou a atenção para o ativismo de cada uma das profissionais da segurança pública em seus ambientes de trabalho para garantir o exercício de seus direitos. Destacou também a parceria entre as pastas no combate ao cenário ainda caótico da violência doméstica no Brasil.


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