Destaque do primeiro semestre foi o policiamento comunitário nas áreas rurais
Os resultados da aproximação entre poder público e moradores foram o tema principal da reunião bimestral entre a Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Paz Social e os representantes dos 37 Conselhos Comunitários de Segurança do Distrito Federal nesta segunda-feira (4), na sede da Secretaria. A reunião serviu para avaliar o que de concreto foi feito a partir da parceria entre o Estado e as comunidades nos seis primeiros meses de 2016. A secretária Márcia de Alencar avaliou o semestre como bastante positivo e citou como exemplo o policiamento comunitário que está sendo feito nos núcleos rurais do Tororó, Barreiros, Nova Betânia e Ponte Alta, localizados entre Gama e São Sebastião.
Desde a implantação do policiamento comunitário, 70 policiais militares visitam residências, lojas ou sedes de associações dessas localidades pelo menos três vezes por semana. Essas visitas servem para o levantamento dos principais crimes ocorridos na região, aplicação de pesquisa de vitimização e coleta de sugestões dos moradores. A participação do Conseg é fundamental para a aplicação dessas medidas. “O que está acontecendo nas comunidades rurais é exemplo do quanto a segurança pública melhora quando poder público e comunidade se aproximam”, avaliou a secretária Márcia de Alencar.
Parceria de resultados
Outro bom resultado da interação com os Consegs neste primeiro semestre foi a implantação do posto policial na Estrutural, em abril. O posto foi pedido pelos moradores em agosto, no primeiro encontro do Voz Ativa — Segurança e Juventude e formalizado pelo Conseg da região. O posto fica no Centro Olímpico (Área Especial 2, Setor Norte) e conta com, no mínimo, três policiais escalados para atender à região.
O diálogo com os moradores por meio dos Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs) é fundamental para garantir o bom funcionamento do programa Viva Brasília – Nosso Pacto Pela Vida. Por isso, o contato com esses conselhos é prioridade para a Secretaria.
Uma prova disso é que na semana passada o comandante-geral da PMDF, Coronel Marco Antônio Nunes, recebeu os presidentes dos Consegs para que eles apresentassem demandas específicas da atuação da PMDF nas cidades do DF. Para o coordenador dos Consegs, Major Paulo André, essa aproximação permite que as demandas da comunidade sejam resolvidas mais rapidamente. “Eles são muito organizados e atuantes. Uma das formas mais ágeis na resolução dos problemas são os grupos de whatsapp de cada um dos Consegs, em que há participação de representantes do setor público e da comunidade”.
Demandas
Durante a reunião desta segunda-feira, os presidentes de cada Conseg apresentaram também nova lista do que cada região está precisando e tiveram conhecimento do que está sendo feito em relação ao que foi pedido anteriormente. “Cada região tem sua peculiaridade. Poder ouvir cada representante com suas demandas nos ajuda a dar os encaminhamentos. Os Consegs são o braço da sociedade para a construção e efetivação de políticas públicas sobre segurança pública”, explicou a subsecretária de Segurança Cidadã (SUSEC), Joana Mello.
Na reunião ficaram acertados encontros com os administradores regionais do DF para sensibilizá-los quanto à importância dar suporte ao funcionamento dos Consegs.
Outras ações
No último dia 29, a Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Paz Social promoveu o 1º Encontro de Sensibilização dos Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs) sobre população em situação de rua. O objetivo era apresentar aos representares dos conselhos os programas de assistência social do governo de Brasília, que incluem tratamento para dependência de álcool e outras drogas, voltados a essas pessoas que deixaram suas casas e vivem nas ruas.
O Encontro faz parte das ações do programa Cultura de Paz, que integra a política de segurança Viva Brasília – Nosso Pacto pela Vida. Em julho, está prevista outra edição do seminário, para tratar de questões específicas envolvendo as regiões administrativas.
Edição: André Giusti