A maior parte das vítimas era de vulneráveis e em 98% desses casos havia vínculo entre vítima e autor
O número de estupros ocorridos no Distrito Federal em janeiro de 2018 teve redução de 29,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Foram registrados 17 casos a menos. Em janeiro de 2017 ocorreram 57 crimes do tipo, enquanto que neste ano houve 40 ocorrências.
Foram registrados dois casos a mais em janeiro deste ano em relação a janeiro de 2017. Os casos registrados passaram de 59, em 2017, para 61 neste ano. O número de registros é a somatória dos casos ocorridos no mês de janeiro e aqueles ocorridos em meses diferentes, mas somente registrados em janeiro deste ano.
Em 41 dos crimes registrados, as vítimas eram vulneráveis, ou seja menores de 14 anos de idade, deficientes mentais, doentes ou qualquer pessoa que não tenha capacidade de resistência no momento do crime. Em 98% desses casos havia vínculo entre vítima e autor.
De acordo como o subsecretário de Gestão da Informação (SGI), da SSP/DF, Marcelo Durante, as campanhas de conscientização sobre violência sexual desenvolvidas pela Secretaria de Segurança Pública (SSP/DF) e conjunto com órgãos do governo de Brasília, como as secretarias de Saúde (SES) e de Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (SEDESTMIDH), têm sido fundamentais na redução do número de casos.
“A medida que esses fatos vão sendo registrados, noticiados e difundidos pelos órgãos públicos há uma maior conscientização das vítimas sobre a necessidade de denunciar. O atendimento das Polícias Civil e Militar também vem sendo qualificado, o que contribui para uma melhor investigação e elucidação dos casos”, detalhou Durante.
Prevenção e atendimento
A chefe do Núcleo de Estudos e Programas na Atenção e Vigilância em Violência (Nepav) da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Fernanda Falcomer, destaca que algumas medidas no âmbito das unidades de saúde visam fortalecer a denúncia e autoproteção.
“Nós capacitamos quase seiscentos profissionais de saúde em todo o DF, entre os meses de outubro e novembro de 2017. A ideia foi qualificar o atendimento de maneira mais humanizada às vítimas de violência sexual”, Fernanda.
Já a subsecretária de Política para Mulheres da Secretaria de Estado de Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Sedestmidh), Raissa Rossiter, explica que há três grandes linhas de ação na área de políticas para as mulheres.
“A primeira delas é o enfrentamento às violências contra as mulheres que consiste uma rede envolvendo sociedade civil e governo. Na sequência, temos a prevenção, por meio de ações educativas em escolas e campanhas de mobilização na sociedade. Por fim, as políticas públicas que também reforçam a prevenção e o respeito às questões de gênero”, detalha a subsecretária.
Conheça a rede de proteção a mulher no Distrito Federal.
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