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13/01/17 às 21h24 - Atualizado em 29/10/18 às 12h40

Homicídios apresentam menor taxa em 23 anos no DF

Número foi divulgado em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (13) 

A Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social (SSP) divulgou o balanço da criminalidade do mês de dezembro de 2016 nesta sexta-feira (13). O levantamento mostra que no ano passado foram registrados 19,7 homicídios por taxa de 100 mil habitantes, índice mais baixo registrado no Distrito Federal desde 1993, quando somaram 25,4/100 mil habitantes. 

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Quando analisado o grupo dos três crimes contra a vida monitorados pelo Viva Brasília – Nosso Pacto pela Vida – homicídio, latrocínio e lesão seguida de morte – também se verifica reduções. Foram 21,3 mortes para cada 100 mil habitantes. O número está abaixo da média nacional, que atualmente é de 25,7/ 100mil, segundo o 10º Anuário de Segurança Pública de 2016. A aplicação desse tipo de taxa é uma metodologia recomendada pelas Organizações das Nações Unidas para aferir o nível de violência de determinado lugar, relativizando o número da criminalidade com a população. 

“O fato há de ser considerado, sobretudo, porque a população no Distrito Federal em 1993 era de 1,7 milhões de pessoas. E hoje, passados mais de duas décadas, ela quase que dobrou, com 2,9 milhões de habitantes” comparou a secretária da segurança pública, Márcia de Alencar. 

Isolando o mês de dezembro e analisando apenas o índice absoluto, é possível também verificar diminuição de homicídio. Enquanto em dezembro de 2015 aconteceram 68 casos, em dezembro passado foram 48. Este dado é o menor registrado no DF desde 2006, quando se verificou 48 homicídios. 

O comandante geral da Polícia Militar, coronel Marcos Antônio Nunes, atribuiu a redução expressiva nos crimes contra vida, a dedicação e o trabalho diuturno empregado pelos pouco mais de 12 mil homens da corporação. “Mesmo tendo perdido policiais em 2016, em função de aposentadorias, nós conseguimos se superar. Neste ano, nossas tropas retiraram quase duas mil armas ilegais das ruas do DF”, assinalou o comandante Nunes. 

A Polícia Militar conseguiu apreender 1.135 revólveres, 418 pistolas, 210 espingardas, 205 entre carabinas, garruchas e armas de fabricação caseira, além de 11 fuzis e 4 metralhadoras, totalizando 1.983 armas de fogo de janeiro a dezembro do ano passado. Em 2015, a PM registrou a apreensão de 1.967 armas. “O resultado se deve ao patrulhamento ostensivo, além das inúmeras abordagens e operações especiais”, garantiu o comandante Nunes.

Um estudo realizado por analistas da SSP indica que 75% dos latrocínios cometidos no DF são realizados com armas de fogo. “Por isso, a principal estratégia é o controle de armas e a intensificação de operações integradas nas divisas do Distrito Federal”, destaca a secretária Márcia. 

O balanço mostra que houve, desde a implantação da célula de inteligência do Pacto Integrador em julho passado, a prisão de 143 pessoas por força de mandado de prisão, 378 prisões em flagrante, foram cumpridos 633 mandados de busca e apreensão e apreensão de 82 armas de fogo e 570 kg de drogas. 

Embora o início do ano tenha registrado quatro roubos seguidos de morte, considerados “fatos isolados e atípicos”, segundo a secretária, esse tipo de crime vem apresentando reduções ao longo dos anos. Em 2016, representou uma taxa de 1,4 para cada 100 mil pessoas. Já em 2015, foram 1,6. 

Ações

Uma das medidas estratégicas implementadas pela SSP para conter a criminalidade foi a estipulação de metas e a cobrança de resultados paras as áreas mais sensíveis diagnosticadas pela equipe de inteligência da Secretaria. Ao todo, oito cidades, que juntas, representavam 65% dos crimes praticados no DF, receberam intensificação das operações policiais visando a redução dos índices. Foram elas: o Plano Piloto, Estrutural, Samambaia, Santa Maria, Ceilândia, Planaltina, Taguatinga e São Sebastião. 

“Um bom exemplo dessas ações, foi o Setor Comercial Sul. No ano passado nós não tivemos nenhum homicídio por lá, sendo que em 2015 foram pelos menos oito mortes”, indicou a secretária de segurança, Márcia de Alencar.

Acesse aqui a íntegra do balanço divulgado hoje. 

 

 

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